sábado, 2 de março de 2019

CARNAVAL 2019 > Raphaela Gomes fala de reinado na São Clemente: ‘Sou só uma menina de 20 anos’

Rainha de bateria da amarelo e preto de Botafogo carrega a história da escola como tradição de família: ‘Comecei a desfilar com 4 aninhos’.



Muito mais do que amor pelo carnaval, a história de Raphaela Gomes é tradição de família. A rainha de bateria da São Clemente, que posou para os ensaios do G1 "As escolas e suas cores", é neta do fundador da escola e filha do presidente. Dos seus 20 anos, 16 foram desfilando pela escola e há 6 anos ela reina entre os ritmistas.


“Comecei a desfilar com 4 aninhos. E eu vivo 365 dias por ano São Clemente. E ali na Sapucaí, naquele momento, é o dia de representar o que eu vivo o ano inteiro. Costumo falar que eu aprendi muito na prática porque foi tudo muito espontâneo.”


Tanta espontaneidade e desenvoltura que disfarçam a timidez que ela garante que ainda existem.


“Fico nervosa até hoje porque eu sou tímida. Então na marra eu tive que tentar ser um pouco mais segura. Ali na frente da bateria você não pode ser tímida. Você chega na Sapucaí e tem que se mostrar aberta para o público e apresentar a bateria. A timidez atrapalha muito”.


Caçula entre as rainhas de bateria do carnaval do Rio, Raphaela conta que prefere usar fantasias que sejam mais comportadas. “O carnavalesco que chega na São Clemente me conhece, já sabe a minha idade. Então eles já me trazem uma proposta que não é "super peladona". O Jorge (carnavalesco), por exemplo, faz uma proposta para mim, conversa comigo, pergunta se tem alguma coisa me incomodando.”


E para ela, não existe uma obrigação de ter que mostrar demais. Cada rainha faz da sua forma. “Acho que cada rainha tem a sua individualidade. Se você parar para prestar atenção, cada rainha tem uma particularidade e eu acho que a minha é justamente isso. Sou só uma menina de 20 anos e as minhas fantasias acabam representando um pouco da minha identidade.”


E quanto ao futuro do seu reinado, Raphaela só quer continuar fazendo parte da história da São Clemente. “Isso não é uma coisa que me preocupa muito. Costumo falar que se eu estiver ali, seja onde for, ajudando de alguma forma, representando a minha escola, eu vou estar feliz. O dia que eu sair, vai ser do mesmo jeito que eu entrei, de uma forma muito natural. Eu não fico pensando no futuro”.




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