sábado, 2 de março de 2019

CARNAVAL 2019 > RAINHA DE BATERIA DESDE OS 11 ANOS, Raissa de Oliveira completa 17 anos como rainha de bateria da Beija-Flor: ‘Muito precoce’

Aos 28 anos, empresária relembra seus primeiros desfilas na Marquês de Sapucaí: ‘Foi um pouco assustador, porque eu chorava’.



Dos 28 anos de Raissa de Oliveira, 17 foram sambando à frente dos ritmistas da Beija-Flor. A empresária pisou a primeira vez na Sapucaí como rainha de bateria aos 12 anos. O que era uma novidade na época, hoje é visto como evolução pela própria.


“Foi tudo muito precoce e inovador também na minha vida. E foi um pouco assustador, porque eu chorava. Estava acostumada até então a desfilar com as minhas amigas passistas e, de repente, eu estava ali sozinha. Foi novo para o mundo do carnaval, mas foi novidade para mim também”, diz ela em ensaio exclusivo para o G1 da série "As escolas e suas cores".


Para Raissa, além da inovação da escola em colocar uma criança sambando, a identidade de rainha da comunidade também começou a partir do seu reinado.


“As pessoas começaram a criar essa referência de rainha de bateria da comunidade a partir de mim. Nada contra as famosas que também ocupam o cargo, mas eu acredito que toda rainha tinha que ser da comunidade. E a Beija-Flor mantém muito o pé no chão e valoriza de todas as formas a comunidade de Nilópolis. Não sou só eu valorizada, é a comunidade inteira.”


Envolvida no carnaval não só nos dias de folia no Rio, Raissa de Oliveira costuma viajar o ano inteiro com as comitivas da Beija-Flor em eventos. “Rainha de bateria não é um emprego, mas eu consigo uma renda bem legal com os eventos e as viagens com a Beija-Flor. Carnaval para mim dura o ano inteiro. Mas eu divido a minha rotina com a empresa que eu tenho com o meu marido, de uma rede de academias. E ainda sou mulher e dona de casa. Dá para você ir fazendo de tudo um pouco”, conta ela, que já viajou para países como China e África do Sul.


Mais do que veterana da Sapucaí, Raissa ainda não vê a hora de parar. “Eu nunca parei para pensar quando tempo iria durar o meu reinado. As coisas foram acontecendo e o tempo passando. Quando você faz as coisas com pé no chão acaba fluindo. Eu faço o meu trabalho muito bem, senão eu não estaria ali.”

Para Raissa, o carnaval tem duas vertentes para as rainhas e musas: quem faz por amor a escola e quem se aproveita para se promover. “Cada um tem o seu objetivo. Tem gente que usa o carnaval para aparecer na mídia. O meu objetivo é ajudar a minha escola.”


Já sobre o figurino de carnaval, Raissa é enfática. “O biquíni é uma coisa só. Não existe fio-dental grande ou pequeno. É fio-dental pronto e acabou. A escola me deixa muito à vontade para escolher a minha fantasia. E nunca tive problema. Mas eu me preocupo mais com a roupa que eu visto fora do desfile, para não parecer uma coisa vulgar. Até porque, mostrar a calcinha sambando para mim não é carnaval.”




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