Aos 32 anos, a dançarina do quadro Ding Dong do 'Domingão do Faustão' já é uma veterana no carnaval; Rosas de Ouro homenageia a Armênia em samba-enredo de 2019.
A musa da Rosas de Ouro Andreza Sobrinho tem 32 anos, sendo 25 de carnaval. A trajetória dela inclui um reinado na frente da bateria da Nenê da Vila Matilde em 2005, o título de musa do carnaval de SP eleita no "Caldeirão do Hulk" em 2011 e o posto de rainha do carnaval de SP em 2012. Andreza posou para a série de ensaios do G1 " As escolas e seus enredos" no Clube Armênio, na Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Mas o sonho dela é voltar a reinar em frente à bateria. "Eu acredito que toda passista tem o sonho de ser rainha de bateria. É uma sensação incrível e se me convidassem eu voltaria ao posto sim, com muito prazer", diz ela. Atualmente, o posto de rainha de bateria do Rosas pertence à atriz Ellen Rocche. "Ela é uma rainha linda, simpática e humilde", diz Andreza.
Este ano, a Rosas de Ouro vai falar sobre o genocídio armênio com o samba-enredo "Viva Hayastan".
"Achei sensacional falar de um país tão sofrido, de tantas guerras e lutas. Escola de samba também é cultura, então eu estou muito feliz com esse enredo, acho que vai ser uma grande história contada na avenida", diz Andreza.
Com cerca de 550 famílias armênias ou de descendentes de armênios associados, o prédio atual do clube tem 50 anos, mas a instituição existe em São Paulo desde 1941 com o objetivo de agregar a comunidade armênia e para que as novas gerações conheçam a sua história, cultura e religião.
Para o presidente Nigol Nigoghossian, 66 anos, é muito importante ter a história da Armênia contada por uma escola de samba.
"Achei lindo. Para nós armênios foi uma coisa muito forte, nós gostamos muito. Isso fez com que a gente se envolvesse com a Sociedade Rosas de Ouro. Carnaval é uma cultura do Brasil, o país que vivemos, e nada mais motivador do que unir as duas culturas. E o povo armênio é festeiro, apesar do genocídio sofrido, sempre gostamos muito de cantar, dançar e festejar", diz ele.
A Rosas de Ouro é a quinta escola a apresentar seu desfile no sambódromo do Anhembi, na noite de sábado, 3 de março.
Vida de musa
Paulistana de Pirituba, na Zona Norte de São Paulo, Andreza concilia o trabalho como dançarina do quadro Ding Dong, do "Domingão do Faustão" com o de assessora comercial de uma clínica de cirurgia plástica. Ela também tem uma filha de 6 anos, Sophia. A vida, segundo Andreza, não tem nada de glamour.
"Muito guerreira né? A gente trabalha muito, o nosso dia tem que ter 48 horas porque 24 não dá. A gente é mulher, mãe, dona de casa, então é uma correria louca", diz ela.
Apesar de trabalhar em uma clínica de cirurgia plástica, ela mesma nunca fez nenhum procedimento cirúrgico. "Não fiz porque não precisei, mas faria", resume ela.
Créditos:
Looks: Ateliê Paula Guedes (biquíni) e Lucas Alves (macaquinho)
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