A terapeuta SURYA SANGEATHA ensina as técnicas de massagem tântrica, para conhecer os pontos vitais de prazer e relaxamento na região pubiana da mulher, fazendo com que ela sinta o máximo de prazer possível.
Massagem tântrica
Prática desenvolvida a partir dos antigos rituais indianos de proporcionar prazer por meio do toque, do movimento, do pensamento e da respiração, a massagem tântrica atua principalmente no desenvolvimento da sexualidade. Nela, a energia erótica é estimulada, com o objetivo principal de despertar a sexualidade para harmonizá-la e, acreditem, levá-la ao coração.
E quem pensa que a prática tem um caráter puramente sexual se engana: patologias severas, ligadas ao diabetes, à depressão e a doenças cuja ação medicamentosa inibe a libido também podem ser tratadas com a técnica.
'A massagem tântrica pode ser confundida com promiscuidade. Na realidade, ela nos permite aproveitar mais o imenso potencial que temos baseados na energia sexual, percebendo melhor como está sua energia vital', explica a esteticista Jacqueline Wataki, do Espaço Estético Wataki, em São Paulo.
Técnica ajuda no tratamento de doenças
A técnica também é utilizada para tratar aspectos patológicos que merecem cuidado e atenção especial, como a anorgasmia (falta de orgasmo), o vaginismo (dor vaginal ou compressão da musculatura da vagina), a insensibilidade genital e processos traumáticos manifestados por abuso ou violência sexual. Nos homens, a massagem trabalha com problemas de ejaculação precoce e impotência.
Para Ma Antar Karima, responsável pelo Spaço Tantra, em São Paulo, a massagem vai além: é uma forma de sexo tântrico. 'Podemos dizer que o Maithuna, que é o ato sexual sagrado tântrico, é uma continuação da massagem tântrica. Na verdade, ela é o início de um ritual que deve durar 21 dias. Nesse período, o casal deve fazer algumas práticas como respiração, beijo tântrico, massagem, giro tântrico e Maithuna', explica Karima, que é psicóloga, jornalista
As massagens podem ser oferecidas por terapeutas, mulheres ou homens, especialmente treinados para aplicarem os fundamentos. O Centro Metamorphosys de Desenvolvimento Integral, por exemplo, oferece cursos regulares, individuais e em grupo, que ensinam a técnica. As aulas acontecem em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre. O número de sessões varia de acordo com as necessidades de cada um. Normalmente são entre 6 e 12 aulas.
No centro, os movimentos são especialmente elaborados para reforçar a musculatura e a estrutura do clitóris e do pênis. Segundo Surya Sangeetha, instrutora de cursos individuais, é muito comum verificar um aumento de tamanho, de diâmetro e de sensibilidade nos genitais após algumas sessões.
'Desenvolvemos uma técnica específica que consiste principalmente em tonificar a estrutura muscular do clitóris e do pênis, preparando-os para experiências mais avançadas em termos sensoriais. Nosso objetivo é alcançar a experiência do hiperorgasmo, um estado de supraconsciência e de estados alterados de percepção. Nosso caminho é proprioceptivo, ou seja, o desenvolvimento da própria percepção. É um trabalho sistemático que oferece um ganho sensorial extraordinário, capaz de levar as pessoas a estados alterados de consciência', conta Surya Sangeetha.
Casal pode aprender junto
E o casal também pode aprender junto. Além de expandir a experiência sensorial, a técnica proporciona mais afinidade com o corpo do parceiro, já que há um estreitamento das relações, uma compreensão maior da natureza íntima do outro. Há situações, no entanto, em que as sessões devem ser feitas em separado, principalmente se existe um histórico de abuso que precisa ser trabalhado terapeuticamente.
O trabalho também visa a recuperar o potencial sexual do indivíduo afetado por uma ação medicamentosa, traumática ou por uma inabilidade em lidar com o seu próprio sexo ou com o sexo do parceiro. Por isso, é muito comum que a técnica resgate as relações, principalmente quando a queixa se dá pela insatisfação sexual', conclui a instrutora.
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