por Pedro Só // fotos: Yuri Sardenberg // estilo: Gregório Souza
“Tava uma delícia”. Quem diz é ela mesma, ao descrever a sessão de fotos que esquenta estas páginas. “O corpo está exposto, mas de uma forma natural. O ambiente é sedutor, todo mundo já está meio despido mesmo”, desenvolve. Nascida e criada em Niterói, a cidade sorriso com a melhor vista para o Rio de Janeiro, Monique Alfradique posou muito à vontade, aproveitando a rara manhã ainda amena pré-verão carioca. Deu para lembrar infância e adolescência de gata de praia, quando curtia recantos paradisíacos na entrada da Baía de Guanabara.
Mesmo engajada desde muito cedo na carreira de atriz (também foi paquita por cinco anos), passava tardes em lugares que nem os cariocas sacam, como Imbuí e Praia de Fora, que têm acesso controlado por causa da proximidade com áreas militares. “Curtia tudo sem preocupação com o sol”, lembra. Hoje, aos 29 anos, ela ainda foge sempre que pode para a Praia de João Fernandes, no centro de Búzios, a 170 km do Rio. Na inspiração para as poses, buscou a naturalidade sexy das fotos históricas de Brigitte Bardot que revelaram ao mundo o balneário fluminense, em 1964.
“Eu carrego muito a energia dos personagens que interpreto”, define a atriz, que atualmente seduz e faz rir na novela das 9 da Globo, A Regra do Jogo. Na trama, ela é uma estilista que, afogada em dívidas, se muda com o marido do Leblon para uma favela. Lá, explora o funk, a sexualidade do vizinho e outros modelos de comportamento. “Fiz o teste para outro papel, mas a Amora [Mautner], diretora, se surpreendeu com o meu lado de humor. Foi ótima essa quebra.”
Monique vem encenando há mais de um ano a comédia Qualquer Gato Vira-Lata Tem uma Vida Sexual mais Sadia que a Nossa, de Juca de Oliveira. Orgulha-se de ter criado alguns cacos incorporados ao texto. E anima-se com a perspectiva de passar parte de 2016 em cartaz em São Paulo, onde mora o namorado, o empresário Gabriel Sala. “Detesto rotina. Isso pode ter sido positivo para um relacionamento a distância. Mas adoro as mil opções culturais que a cidade oferece. Será ótimo.”
A nudez em cena não é problema. “Se estiver no roteiro, fazendo sentido, é normal, supernormal.” Nas areias de Grumari, porém, Monique “só brincou”. Com 1,60 metro de altura, ela conta que sua magreza é conquistada. “Não sou longilínea. Preciso me cuidar e suar pra ficar bem.” Mas o encanto mignon esconde certos atributos. Monique adora praticar boxe, e seu golpe favorito é o jab de direita. “Mas eu só acerto o saco!”, comenta, referindo-se aos acessórios de treino.
Adepta do crossfit e de suas múltiplas combinações de malhação, desde 2014 Monique também domina os rodopios do pole dancing. Mostrou isso na minissérie A Segunda Vez, do Multishow, estrelada por Marcos Palmeira na pele de um cafetão. “Visitei duas casas de prostituição e conversei com garotas de programa. Não podia ser de outra maneira”, conta.
O passado de paquita nunca atraiu bullying. Ela lembra orgulhosa ter recebido comentários positivos da temida crítica Barbara Heliodora, pela atuação na peça Lembranças de um Sonho. “Também fui criticada por ela, quando fiz A Mentira, de Nelson Rodrigues. Mas essa marca todo mundo tem no currículo”, brinca. Monique é uma graça, mas muito mais que isso.
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